quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

NE BRASIL TEM TERREMOTO

Novos epicentros são registrados no Ceará Sobral. A terra não para de tremer na Zona Norte do Ceará. Último boletim da Rede Sismográfica do Nordeste do Brasil (RSisne), baseada na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), aponta que os abalos sísmicos agora estão sendo registrados em sete epicentros diferentes. Até o ano passado eles eram comuns na Serra do Rosário, entre Meruoca, Alcântaras e Sobral. Mas, a partir de 2011, começaram a ser anotados epicentros mais constantes em Massapê, Morrinhos, Granja, Senador Sá, Frecheirinha, Hidrolândia e Santana do Acaraú. Este ano foram anotados 400 abalos, sendo 30 somente agora em dezembro. Os pesquisadores da RSisne estudam com mais acuidade a possibilidade cada vez mais real de surgimento de fendas nos epicentros registrados nessas sete cidades da Zona Norte. O chefe da RSisne e coordenador do Laboratório Sismológico da UFRN, professor Joaquim Mendes Ferreira, confirma os novos tremores em cidades diferentes da Zona Norte cearense e acrescenta que não há como prever se ocorrerão abalos de magnitude maior do que dois na escala Richter, como os que aconteceram na primeira quinzena deste mês. Um dos membros da Defesa Civil de Sobral, sub-tenente Marcos Costa, tem a missão de tranquilizar os moradores dos Municípios da Zona Norte. Segundo ele, não há motivo para temor, pois a Defesa Civil está junto da população para orientar em tudo que for preciso. "O prefeito Clodoveu Arruda e o coordenador da Defesa Civil de Sobral, Jorge Trindade, têm uma preocupação muito grande juntamente com o major Morais, que é o coordenador regional da Defesa Civil, para que a gente faça todo mapeamento com as famílias. Então, nos acompanham diuturnamente para que se dê toda segurança a nossa população. A Prefeitura não deixa faltar nada. Estamos colados com a sociedade nessa região sísmica ", informa Marcos Costa. Marcos Costa orienta como se deve proceder em caso de tremor. "As pessoas não devem entrar em pânico. A Defesa Civil pede para que as pessoas coloquem a terceira ripa no telhado das casas. Elas têm que deixar, nas casas, uma área de fuga, como afastar as cadeiras e móveis, que possa liberá-las em direção às portas. A partir daí, elas devem fugir para uma área que seja aberta. Não pode ficar debaixo de plantas. Não pode ficar em área coberta. Tem que ficar numa área mais ampla, bem aberta, como um campo de futebol ou então correr para o quintal". O sub-tenente Costa destaca que todas estas medidas só devem ser tomadas em caso de grandes tremores. "Na nossa Região, as placas tectônicas não indicam fortes terremotos como as pessoas comentam", afirma. Magnitude Conforme estudos de cientistas internacionais os abalos só são mais sentidos pela população quando há registro de mais de quatro graus de magnitude. Na Zona Norte cearense, apenas três eventos passaram da magnitude quatro, mas não causaram danos humanos, e sim materiais - rachaduras em casas. Há registro de abalos maiores que quatro graus em Irauçuba, com 4.9 em 1991; Meruoca, com 4.2 em 2008; e Groaíras, com 4.0 em 1988. De 2008 até agora, os abalos sísmicos se intensificaram na Zona Norte. Nesse período, foram anotados 4.030 tremores. Somente em 2011, houve 400. E agora, em dezembro, as estações sismográficas de Sobral (Jordão e Embrapa), Morrinhos, Massapê e Santana do Acaraú registraram 30 abalos. Todos eles com magnitude variando de 0.1 a menos de quatro. Falhas A Zona Norte cearense está localizada sobre falhas geológicas, que ultimamente vêm se acomodando. "A Região de Sobral é a segunda em importância no Nordeste do Brasil, perdendo somente para a (região) relacionada à Bacia Potiguar, que abrange o Rio Grande do Norte e o leste do Ceará, onde também ultimamente vêm acontecendo abalos", revela Joaquim Mendes. Estudos da RSisne apontam que o nível de sismicidade brasileira, apesar de não ser alarmante, precisa ser considerado em determinados projetos de engenharia, como centrais nucleares, grandes barragens e outras obras de porte, com forma de dar maior segurança. "É necessário dar atenção especial ao padrão das construções situadas nas áreas de maior risco sísmico, preocupando-se com a qualidade das edificação", salienta o professor Joaquim Ferreira, que é doutor em sismicidade intraplaca, esforços tectônicos, sismicidade induzida e riscos sísmicos. Diário do Nordeste - 21/12/2011

sábado, 3 de dezembro de 2011

A HISTÓRIA DA BANANA

A História da Banana

AMAIS DO II ENCONTRO LATINO AMERICANO DE ARQUEOLOGIA

Autores: FRANCISCO, B. H. R., BELTRÃO, C. B. de A. N., AMARAL, D. M. da C. R. do e SOUTO, M.

Resumo:

O trabalho pretende mostrar a antiguidade do consumo desta que é chamada a "Musa paradisíaca" entre todas as frutas: a banana. Para tanto, foi realizada uma intensa pesquisa bibliográfica, através de livros, artigos e vários sites na Internet.

Uma dos mais antigas culturas do planeta, a banana, que já era consumida como legume na pré-história, hoje integra o cardápio das populações do mundo inteiro. As primeiras fazendas de plantação de banana surgiram provavelmente no território que hoje vai da Índia à Austrália. Indícios arqueológicos e paleoambientais recentemente revelados em Kuk Swamp, na província das Terras Altas Ocidentais da Nova Guiné, sugerem que esta atividade remonta pelo menos até 5000 a.C., ou mesmo até 8000 a.C.. Tais dados tornam este local o berço do cultivo de bananas.

A fruta chegou à África, saída da Ásia, há cerca de 3 mil anos. Logo espalhou-se pelo Oriente Médio e depois pela Europa, no século I a.C, levada pelos romanos. Europeus levaram as bananas para suas colônias e negociantes árabes foram responsáveis pela criação do nome que conhecemos hoje. Eles se referiam às frutas que comercializavam como banan, ou dedo em árabe, por causa de seu formato. O último continente a ser conquistado pela fruta – e talvez onde ela mais tenha gerado controvérsias – foi o americano.

A chegada das bananas à América é contraditória. Existe mais de uma versão histórica mas a oficial revela que a banana chegou à América em 1516, pelas mãos do reverendo espanhol Tomás de Berlanga. Ele desembarcou com a fruta em Santo Domingo, atual República Dominicana. Algumas décadas depois, a fruta já havia se espalhado pelo Caribe e chegado à América do Sul.

A banana é uma das mais antigas frutas que se tem notícia e também é a fruta mais consumida no mundo e no Brasil, representando grande parte da alimentação diária de mais de 400 milhões de pessoas em todo o planeta.


Palavras-chave: banana, origem, história, cultivo, cultura

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