quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

NE BRASIL TEM TERREMOTO

Novos epicentros são registrados no Ceará Sobral. A terra não para de tremer na Zona Norte do Ceará. Último boletim da Rede Sismográfica do Nordeste do Brasil (RSisne), baseada na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), aponta que os abalos sísmicos agora estão sendo registrados em sete epicentros diferentes. Até o ano passado eles eram comuns na Serra do Rosário, entre Meruoca, Alcântaras e Sobral. Mas, a partir de 2011, começaram a ser anotados epicentros mais constantes em Massapê, Morrinhos, Granja, Senador Sá, Frecheirinha, Hidrolândia e Santana do Acaraú. Este ano foram anotados 400 abalos, sendo 30 somente agora em dezembro. Os pesquisadores da RSisne estudam com mais acuidade a possibilidade cada vez mais real de surgimento de fendas nos epicentros registrados nessas sete cidades da Zona Norte. O chefe da RSisne e coordenador do Laboratório Sismológico da UFRN, professor Joaquim Mendes Ferreira, confirma os novos tremores em cidades diferentes da Zona Norte cearense e acrescenta que não há como prever se ocorrerão abalos de magnitude maior do que dois na escala Richter, como os que aconteceram na primeira quinzena deste mês. Um dos membros da Defesa Civil de Sobral, sub-tenente Marcos Costa, tem a missão de tranquilizar os moradores dos Municípios da Zona Norte. Segundo ele, não há motivo para temor, pois a Defesa Civil está junto da população para orientar em tudo que for preciso. "O prefeito Clodoveu Arruda e o coordenador da Defesa Civil de Sobral, Jorge Trindade, têm uma preocupação muito grande juntamente com o major Morais, que é o coordenador regional da Defesa Civil, para que a gente faça todo mapeamento com as famílias. Então, nos acompanham diuturnamente para que se dê toda segurança a nossa população. A Prefeitura não deixa faltar nada. Estamos colados com a sociedade nessa região sísmica ", informa Marcos Costa. Marcos Costa orienta como se deve proceder em caso de tremor. "As pessoas não devem entrar em pânico. A Defesa Civil pede para que as pessoas coloquem a terceira ripa no telhado das casas. Elas têm que deixar, nas casas, uma área de fuga, como afastar as cadeiras e móveis, que possa liberá-las em direção às portas. A partir daí, elas devem fugir para uma área que seja aberta. Não pode ficar debaixo de plantas. Não pode ficar em área coberta. Tem que ficar numa área mais ampla, bem aberta, como um campo de futebol ou então correr para o quintal". O sub-tenente Costa destaca que todas estas medidas só devem ser tomadas em caso de grandes tremores. "Na nossa Região, as placas tectônicas não indicam fortes terremotos como as pessoas comentam", afirma. Magnitude Conforme estudos de cientistas internacionais os abalos só são mais sentidos pela população quando há registro de mais de quatro graus de magnitude. Na Zona Norte cearense, apenas três eventos passaram da magnitude quatro, mas não causaram danos humanos, e sim materiais - rachaduras em casas. Há registro de abalos maiores que quatro graus em Irauçuba, com 4.9 em 1991; Meruoca, com 4.2 em 2008; e Groaíras, com 4.0 em 1988. De 2008 até agora, os abalos sísmicos se intensificaram na Zona Norte. Nesse período, foram anotados 4.030 tremores. Somente em 2011, houve 400. E agora, em dezembro, as estações sismográficas de Sobral (Jordão e Embrapa), Morrinhos, Massapê e Santana do Acaraú registraram 30 abalos. Todos eles com magnitude variando de 0.1 a menos de quatro. Falhas A Zona Norte cearense está localizada sobre falhas geológicas, que ultimamente vêm se acomodando. "A Região de Sobral é a segunda em importância no Nordeste do Brasil, perdendo somente para a (região) relacionada à Bacia Potiguar, que abrange o Rio Grande do Norte e o leste do Ceará, onde também ultimamente vêm acontecendo abalos", revela Joaquim Mendes. Estudos da RSisne apontam que o nível de sismicidade brasileira, apesar de não ser alarmante, precisa ser considerado em determinados projetos de engenharia, como centrais nucleares, grandes barragens e outras obras de porte, com forma de dar maior segurança. "É necessário dar atenção especial ao padrão das construções situadas nas áreas de maior risco sísmico, preocupando-se com a qualidade das edificação", salienta o professor Joaquim Ferreira, que é doutor em sismicidade intraplaca, esforços tectônicos, sismicidade induzida e riscos sísmicos. Diário do Nordeste - 21/12/2011

sábado, 3 de dezembro de 2011

A HISTÓRIA DA BANANA

A História da Banana

AMAIS DO II ENCONTRO LATINO AMERICANO DE ARQUEOLOGIA

Autores: FRANCISCO, B. H. R., BELTRÃO, C. B. de A. N., AMARAL, D. M. da C. R. do e SOUTO, M.

Resumo:

O trabalho pretende mostrar a antiguidade do consumo desta que é chamada a "Musa paradisíaca" entre todas as frutas: a banana. Para tanto, foi realizada uma intensa pesquisa bibliográfica, através de livros, artigos e vários sites na Internet.

Uma dos mais antigas culturas do planeta, a banana, que já era consumida como legume na pré-história, hoje integra o cardápio das populações do mundo inteiro. As primeiras fazendas de plantação de banana surgiram provavelmente no território que hoje vai da Índia à Austrália. Indícios arqueológicos e paleoambientais recentemente revelados em Kuk Swamp, na província das Terras Altas Ocidentais da Nova Guiné, sugerem que esta atividade remonta pelo menos até 5000 a.C., ou mesmo até 8000 a.C.. Tais dados tornam este local o berço do cultivo de bananas.

A fruta chegou à África, saída da Ásia, há cerca de 3 mil anos. Logo espalhou-se pelo Oriente Médio e depois pela Europa, no século I a.C, levada pelos romanos. Europeus levaram as bananas para suas colônias e negociantes árabes foram responsáveis pela criação do nome que conhecemos hoje. Eles se referiam às frutas que comercializavam como banan, ou dedo em árabe, por causa de seu formato. O último continente a ser conquistado pela fruta – e talvez onde ela mais tenha gerado controvérsias – foi o americano.

A chegada das bananas à América é contraditória. Existe mais de uma versão histórica mas a oficial revela que a banana chegou à América em 1516, pelas mãos do reverendo espanhol Tomás de Berlanga. Ele desembarcou com a fruta em Santo Domingo, atual República Dominicana. Algumas décadas depois, a fruta já havia se espalhado pelo Caribe e chegado à América do Sul.

A banana é uma das mais antigas frutas que se tem notícia e também é a fruta mais consumida no mundo e no Brasil, representando grande parte da alimentação diária de mais de 400 milhões de pessoas em todo o planeta.


Palavras-chave: banana, origem, história, cultivo, cultura

Endereços: secretario1@cbarqueol.org.br, secetario2@cbarqueol.org.br, doritamcr@gmail.com

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

II ENCONTRO LATINO AMERICANO DE ARQUEOLOGIA

TRABALHOS PARA O II ELAA EM NOVEMBRO DE 2011

Normas para Submissão dos Trabalhos

Só serão aceitos resumos expandidos, com no máximo de 04 páginas, incluindo imagens, figuras, tabelas e referências, escritos em português, espanhol ou inglês. Para fins de registro e formatação editorial e gráfica, o idioma oficial é a língua portuguesa. ISSN no........

Estrutura e organização do texto

Resumo e Abstract: devem abordar de forma clara e concisa os principais dados apresentados no trabalho, com ênfase nos resultados obtidos. Devem conter até 20 linhas, em fonte Arial 10, cada um em parágrafo único, sem citações bibliográficas. Em manuscritos redigidos em espanhol devem constar Resúmen e Abstract.

O corpo do resumo expandido:

1) Utilizar o software Microsoft Word para produção do texto, em papel A4 (210-297mm), com a margem superior ajustada em 3 cm, e as outras em 2,5 cm, espaço 1,5. Fonte Arial 11.
2) Recomendações sobre a formatação geral:
(l) corpo do texto justificado, não usar hifenização;
(ll) usar negrito, itálico, subscrito, sobrescrito, etc., somente quando pertinente;
(lll) não importar tabelas e equações de programas gráficos (use o processador de texto para criá-las);

3) As referências devem ser colocadas em espaço simples em fonte Arial tamanho 10;

4) Título do trabalho: centrado, em negrito, fonte Arial 14;

5) Nome dos autores (NO MÁXIMO 4 (QUATRO) AUTORES) por trabalho inscrito:
Fonte Arial 12, com um espaço simples entre o título centralizado. Os nomes devem ser escritos em sequência, separados por vírgulas. O último sobrenome de cada autor deverá ser escrito em caixa alta. Sublinhar o autor correspondente, responsável pela submissão/apresentação do trabalho, e colocar números 1, 2, 3, etc. sobrescrito para vínculos institucionais diferentes;

6) Vínculo institucional dos autores: Fonte Arial 9, deve ser referenciado em ordem numérica (p. ex.: Helena A. AMARAL1, Carlos C. SILVA2), Na linha abaixo do nome dos autores colocar em ordem sequencial a afiliação dos autores e os respectivos endereços eletrônicos, conforme exemplo abaixo;




7) Palavras-chave e Keywords: lista de até seis termos, separados por vírgula, uma linha abaixo do Resumo ou o seu correspondente;

8) Os títulos das seções (p. ex: 1. Introdução, 2. Geologia, 3. Materiais e Métodos, 4. Resultados, etc.) deverão constar ordenadamente com algarismos arábicos, em negrito, alinhados à esquerda (sem recuo). Os subtítulos deverão ser ordenados com algarismos arábicos, alinhados à esquerda, em itálico (p. ex: 3.1. Estratigrafia, 3.2. Geoquímica), assim sucessivamente;

9) Texto: todo o texto deve ser confeccionado em fonte Arial 11, com primeira linha de cada parágrafo com recuo do lado esquerdo de 1,27 cm. Começar o texto duas linhas abaixo das palavras-chave keywords;

10) Recomenda-se figuras e imagens com qualidade de 300 dpi, podendo ser coloridas, desde que o arquivo não ultrapasse a 5Mb.

11) Datas de Submissão de Resumos Expandidos e de Resposta do Aceite dos Resumos Expandidos:

Data limite para recebimento de resumos expandidos – 31/09/ 2011

Data de resposta do aceite dos resumos expandidos – 30 /10/ 2011

. Para o envio dos trabalhos inscreva-se no evento através do Site... (pode ser do próprio Centro Brasileiro de Arqueologia até o site do Encontro ficar pronto.)
. As inscrições cujos preços e normas específicas já constam do site do Centro Brasileiro de Arqueologia devem ser pagas até sete dias úteis após o aceite do trabalho.
. Cada inscrição no congresso dá direito a inscrição de 4 trabalhos.

BIOGRAFIAS DO CBA

Eduardo Góes Neves é um arqueólogo brasileiro e um dos principais pesquisadores atuantes na Amazônia, principalmente nos arredores de Manaus, no estado do Amazonas.
É graduado em História pela USP (1986) e doutor em arqueologia pela Indiana University (2000), sob a orientação de Geoffrey Conrad e sua pesquisa focou nos estudosetnoarqueologicos com os povos Tarianos, em Iauareté.
Desde 1989 vem atuando como professor do Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo, onde ensina na graduação e na pós-graduação. Atua também como professor e orientador no programa de pós-graduação em Ciências do Ambiente da Universidade Federal do Amazonas. Foi consultor para a implementação do Curso Superior de Tecnologia em Arqueologia da Universidade do Estado do Amazonas. Lecionou e orienta projetos acadêmicos na Universidad del Centro de La Provincia de Buenos Aires, Olavarría,Argentina. Realiza pesquisas e orienta trabalhos acadêmicos na Amazônia brasileira, principalmente em sua porção ocidental. É presidente da Sociedade de Arqueologia Brasileira(Biênio 2009-2011).

BIOGRAFIAS DO CBA

Pedro Paulo Abreu Funari
Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq - Nível 1D
bacharel em História (1981), mestre em Ciências Sociais (Antropologia Social 1986) e doutor em Arqueologia (1990), sempre pela Universidade de S. Paulo, livre-docente em História (1996) e Professor Titular (2004) da Unicamp, Coordenador do Centro de Estudos Avançados da Unicamp (www.gr.unicamp.br/ceav), desde 2010. Professor de programas de pós da UNICAMP e USP, colaborador da UFPR, UFPel, Universidade do Algarve (Portugal), Universidad Nacional de Catamarca, Universidad del Centro de la Provincia de Buenos Aires, líder de grupo de pesquisa do CNPq, assessor científico da FAPESP, research associate - Illinois State University e Universidad de Barcelona . Supervisionou 12 pós-doutoramentos, 22 doutoramentos, 30 mestrados, destacados pesquisadores e líderes em instituições de prestígio (Oxford University, Université de Mulhouse, UNICAMP, UNESP, UFF, UFMG, UFPR, UFRJ, UNESP, MASJ, UEL, UFPel, UCS, UEMG, UEM, UMESP, Uniplac, PUCPR, FESB, UNIFAP, UFS, UNIP, Unifesp, Un. Einstein de Limeira, UFG, UFBA, UNIFAL, UFMA, UFPA, UFV, Museu da Bacia do Paraná, Unip). Na Unicamp, Coordenador do Núcleo de Estudos Estratégicos (2007-2009) e representante do IFCH na CADI (2005-2009), membro da CAI/Consu (2009), Assessor do Gabinete do Reitor, desde 2009, apresentador do programa "Diálogo sem fronteira". Participa do conselho editorial de mais de 40 revistas científicas estrangeiras e brasileiras. Publicou mais de 110 livros e de 175 capítulos nos Estados Unidos, Inglaterra, Austrália, Áustria, França, Holanda, Itália, Espanha, Argentina, Colômbia, Brasil, entre outros, assim como mais de 475 artigos em mais de 130 revistas científicas estrangeiras e brasileiras arbitradas, como Current Anthropology, Antiquity, Revue Archéologique, Journal of Social Archaeology, American Antiquity, American Journal of Archaeology, Dialogues d' Histoire Ancienne. Foram publicadas mais de 70 resenhas de seus livros, mais de 30 delas em revistas estrangeiras de ponta e participou de mais de 300 bancas. Projetos conjuntos com pesquisadores estrageiros resultaram na visita de numerosos estudiosos, das principais instituições de pesquisa do mundo (Universidades de Londres, Saint Andrews, Boston, Southampton, Durham, Illinois, Barcelona, Havana, Buenos Aires, Londres, CNRS). Co-editou e co-edita enciclopédias como Encyclopaedia of Historical Archaeology, Oxford Encyclopaedia of Archaeology, Encyclopaedia of Archaeology (Academic Press). Participou de mais de 400 eventos e organizou mais de 40 reuniões científicas. Foi Secretary, World Archaeological Congress (2002-2003), membro permanente do conselho da Union Internationale des Sciences Préhistoriques e Protohistoriques (UISPP) e sócio da ANPUH, ABA, SAB, SBPH, SHA, SAA, WAC, ABIB, AAA, Roman Society. Líder de Grupo de Pesquisa do CNPq, sediado na Unicamp, com 45 pesquisadores e 43 estudantes, e vice-líder de dois outros grupos. Tem experiência na área de História e Arqueologia, com ênfase em História Antiga, atuando principalmente nos seguintes temas: Arqueologia, Historia Antiga, Arqueologia Historica, História e Antiguidade, Latim, Grego, Cultura Judaica, Cristianismo, Religiosidades, Ambiente e Sociedade, Estudos Estratégicos, Turismo, Patrimônio, Relações de Gênero. Foto de outubro de 2010, em Freiburg, Alemanha.
(Texto informado pelo autor)

BIOGRAFIAS DO CBA

NIEDE GUIDON

Biografia
Formada em História Natural pela USP, trabalhou no Museu Paulista, quando tomou conhecimento do sítio arqueológico de São Raimundo Nonato no Piauí, no ano de 1963.
Especializou-se em arqueologia pré-histórica, pela Sorbonne, e especialização pela Universidade de Paris I.
Desde 1973 integra a Missão Arqueológica Franco-Brasileira, concentrando no Piauí seus trabalhos, que culminaram na criação, ali, do Parque Nacional Serra da Capivara
[editar]Ideologia
Os achados arqueológicos de Guidon levam a crer que o povoamento do continente americano se deu muito antes do que se crê de ordinário. Enquanto a teoria mais comumente aceita do povoamento das Américas postula que os primeiros humanos chegaram no continente há 15 000 anos, alguns dos sítios arqueológicos de Guidon contém artefatos que datam de 45 000 anos atrás. O problema de sua hipotése é que o que é tido por Guidon e sua equipe como sendo "artefatos" é tido por outros como sendo "geofatos" - os primeiros sendo produtos do trabalho humano e os últimos sendo produtos da ação de forças naturais. Antropólogos estadunidenses - entre os quais estão os mais ferrenhos críticos das teorias de Guidon - se encontram em ambos os lados da questão: alguns aceitam as evidências arqueológicas sem contestá-las; outros pensam que elas não são sólidas o suficiente para derrubar as antigas hipotéses. Enquanto isso, os achados se acumulam.
Com uma grande equipe trabalhando para si e com inúmeros projetos em andamento, Guidon espera rescrever a versão corrente da história demográfica do homem. Embora sua teoria tenha lacunas, o acúmulo de evidências arqueológicas fortalece cada vez mais suas hipotéses.

BIOGRAFIAS DO CBA

Walter Alves Neves é um biólogo, arqueólogo e antropólogo brasileiro, responsável pelo estudo de Luzia, o esqueleto humano mais antigo do continente americano.
É graduado em Ciências Biológicas pela USP (1981), pré-doutorado nas Universidades de Stanford e Berkeley (1982), doutorado em Ciências Biológicas pela USP (1984), pós-doutoramentos pelo Center for American Archeology, Universidade de Illinois (1985) e pelo Departamento de Antropologia da USP (1991-92), Livre Docência em Evolução Humana pelo departamento de Genética e Biologia Evolutiva da USP (2000).
É, desde 1992, professor associado do departamento de biologia da USP, onde fundou e coordena o Laboratório de Estudos Evolutivos Humanos, único do gênero da América Latina. Tem produção científica e orientação a graduandos e pós-graduandos nas áreas de antropologia ecológica, antropologia biológica, arqueologia pré-histórica, ecologia humana e psicologia evolutiva.
Interessa-se especialmente pela investigação da origem do homem na América, dedicando-se também à divulgação científica, promovendo e realizando palestras, exposições museográficas e artigos.
Dedica-se em especial às áreas de
 Antropologia biológica
 Antropologia ecológica
 Arqueologia de caçadores-coletores
 Evolução humana
 Especiação

domingo, 14 de agosto de 2011

NOVO REITOR DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

O atual reitor, professor Carlos Antônio Levi da Conceição é engenheiro naval graduado pela UFRJ (1974), mestre em Engenharia Oceânica pela UFRJ (1975) e mestre (1978) e doutor (1981) em Arquitetura Naval pela Universidade de Londres. É professor associado da UFRJ, atuando na Escola Politécnica (Poli) e no Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe). Exerceu, de 2003 a 2011, o cargo de Pró-reitor de Planejamento e Desenvolvimento (PR-3) e de coordenador do Laboratório de Tecnologia Oceânica da Coppe. Tem experiência na área de Engenharia Naval e Oceânica, com ênfase em Propulsão de Navios, atuando principalmente Hidrodinâmica, Ação de Ondas, Dinâmica, Ondas e Teoria Potencial. Foi eleito para um mandato de quatro anos, a contar de 30/06/2011.





O atual Vice-reitor, professor Antônio José Ledo Alves da Cunha é graduado em Medicina pela UFRJ (1979), especialista (Residência Médica) em Pediatria (1982) pelo Instituto de Pediatria e Puericultura Martagão Gesteira (IPPMG), do qual foi diretor; especialista (Fellowship) em Epidemiologia Clinica (1982) e mestre em Saúde Publica (1992) pela Universidade da Carolina do Norte; especialista em Gestão Hospitalar pela Escola Nacional de Saúde Pública da Fundação Oswaldo Cruz (2005); mestre em Medicina (Pediatria) pela UFRJ (1989) e doutor em Epidemiologia (PhD) pela Universidade da Carolina do Norte (1996). Atualmente é professor titular do Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina da UFRJ, da qual também foi diretor. Tem experiência na área de Medicina, com ênfase em Saúde Materno-Infantil, atuando principalmente com Criança, Doenças Prevalentes da Infância, Infecções Respiratórias Agudas, Tuberculose, Atenção Primaria na Infância, Avaliação de Serviços de Saúde na Área infantil. Tem, também, experiência e at

sábado, 30 de abril de 2011

Estrada em péssimas condições de tráfego

BARRA MANSA

A falta de manutenção na estrada que liga Barra Mansa a Bananal (SP), a RJ-157, está causando preocupação e gerando reclamações dos motoristas. Segundo relatos, as placas de sinalização em vários trechos estão encobertas pelo mato e outras estão danificadas, as faixas horizontais estão apagadas e também há lixo jogado na beira da pista. Outro problema encontrado pelos que passam pelo local é com relação a dois trechos de pista que cederam há anos e continuam se estreitando.

Um taxista que preferiu não ser identificado conta que há anos vem pedindo a melhora do trecho para órgãos competentes, mas ninguém toma providências. “Passo todos os dias por aqui e não vejo melhoria em nada. Para piorar, agora nem capina fazem, o que causa preocupação principalmente para quem viaja à noite, porque as placas ficam escondidas no meio do mato, o que pode causar um acidente”, ressalta, citando ainda o lixo jogado na beira da estrada. “Ninguém toma providência e a população também não ajuda. Esta pista está totalmente esquecida”, indaga.

Segundo o chefe da 5ª Residência de Obras e Conservação do Departamento de Estradas de Rodagem (DER-RJ), José Roberto Rosendo da Silva, a má condição das placas e faixas já foi passada para a empresa responsável, que fica em Itaboraí, no Rio de Janeiro, e faz trabalho em todo o estado. “O pedido já foi realizado para a manutenção, só estamos aguardando a disponibilidade da empresa”, diz.

Em questão ao mato alto que está dificultando motoristas enxergarem as placas e o lixo jogado na pista, Rosendo informa que a equipe de roçadores do DER-RJ está no momento realizando a capina da estrada que liga Quatis à Falcão e os serviços serão realizados na RJ-157 daqui a 15 dias. “Por conta das chuvas, o capim na beira da estrada cresce muito rápido. Mas estamos agilizando a limpeza das estradas e logo faremos o trabalho na estrada que liga Barra Mansa a Bananal”, informa.

O aposentado Mário Luiz Rodrigues, 57 anos, diz que passa há anos pela estrada e os dois trechos que estão cedendo estão ficando cada dia mais perigosos. “As chuvas acabam estreitando ainda mais a pista e logo terá espaço apenas para um carro. Infelizmente, essa situação está piorando e as autoridades não resolvem. Parece que estão esperando algum acidente acontecer para arrumar”, observa.

O chefe da DER-RJ referente a este assunto diz que já realizou toda a parte técnica no local e enviou todas as solicitações possíveis para a direção do Departamento no Rio de Janeiro e não obteve nenhuma resposta. “Equipes já foram aos dois locais com erosão, porém, o que podíamos fazer por aqui já foi feito. Agora é com a direção do departamento”, completa Rosendo

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

ARQUEOLOGIA ILHA GRANDE RIO DE JANEIRO

“O DESGASTE DENTÁRIO NA POPULAÇÃO PRÉ-HISTÓRICA DO ILHOTE DO LESTE NA ILHA GRANDE – RIO DE JANEIRO”.
VERA LÚCIA LOPES DE MEDEIROS MARIA

RESUMO


O presente trabalho teve a finalidade de analisar a questão à cerca dos padrões de desgaste dentário resultante da atricção entre maxilares e mandíbulas na população pré-histórica, que teve por habitat o Sambaqui do Ilhote do Leste, situado no morrote existente entre as praias do Sul e do Leste, na Ilha Grande, a qual pertence ao município de Angra dos Reis - litoral sul do Estado do Rio de Janeiro.
As análises realizadas nas amostras dos dentes e das arcadas dentárias que fazem parte da coleção pertencente ao Departamento de Antropologia Biológica do Museu Nacional da Quinta da Boa Vista indicaram que esta população sofreu desgaste dentário de intensidade extensa a moderada.
O conjunto de molares examinado mostrou que estes foram os dentes mais atingidos pelo desgaste. Não foi percebida uma diferença significativa entre dentes de indivíduos de sexos diferentes.
Quanto à faixa etária, pode-se perceber que os indivíduos jovens apresentaram menores graus de desgaste em relação aos indivíduos adultos.
A única amostra presente neste estudo, estabelecida como pertencente a uma criança, já demonstrava a existência de desgaste dentário de tipo leve de forma uniforme, tanto no maxilar superior quanto na mandíbula.

FICHA CATALOGRÁFICA





De Medeiros Maria, Vera Lucia L.
“O desgaste dentário na população pré-histórica do Ilhote do leste na Ilha Grande – Rio de Janeiro”. Vera Lucia Lopes de Medeiros Maria. – Rio de Janeiro: UFRJ/MN/DGP, 2004.
V I, 44 f, il.; 29,7 cm.
Orientador: Prof. Dra. Claudia Rodrigues
Monografia (especialização): UFRJ/MN/DGP / Programa de Pós Graduação em Geologia do Quaternário, 2004.
Referências Bibliográficas: f. 43-44.
1. População pré-histórica do Rio de Janeiro. - 2. Desgaste dentário . I. De Medeiros Maria, Vera Lucia, II. Universidade Federal do Rio de Janeiro, Museu Nacional, Departamento de Geologia e Paleontologia, Programa de Pós Graduação em Geologia do Quaternário III. Título

Blog do Bene Rodrigues: Mudanças climáticas e chuvas no Rio de Janeiro

Blog do Bene Rodrigues: Mudanças climáticas e chuvas no Rio de Janeiro

Mudanças climáticas e chuvas no Rio de Janeiro

Mudança climática ou ruptura do padrão ambiental atual?
Por Luís Henrique Ramos de Camargo – geógrafo e doutor em geoecologia pela UFRJ, Professor de Ecologia Política UERJ-Caxias e FEUC. – autor do livro A Ruptura do Meio Ambiente lançado pela Bertrand e A Geoestratégia da Natureza que será lançado ainda este ano pela mesma editora.
geocamargo@ig.com.br
A recente tragédia ocorrida na região serrana do estado do Rio de Janeiro não representa apenas um fenômeno climático que causou danos irreversíveis à sociedade local significa na verdade um processo imprevisível devido a sua magnitude, pois mesmo o mais atento cientista jamais imaginaria que esta fúria de titãs ocorresse destruindo o que há tanto tempo se mantinha. Na verdade, nem a ciência normal e nem os moradores locais imaginavam que as chuvas, que em geral, provocam problemas nesta época do ano, destruiriam de forma tão drástica o que se mantinha há décadas ou há séculos.
Emerge aqui duas questões que considero de profunda relevância para nossos dias, a primeira se relaciona a como entendemos a relação entre o homem e a natureza, a segunda é o grave erro pertinente a farsa do que chamamos de mudança climática. Pois hoje em nossos dias é comum relacionarmos todos os graves problemas do meio ambiente a alterações do clima que seria fruto do excesso de gases estufa na atmosfera.
Essa questão vai de encontro à própria lógica natural, pois em suspensão os gases estufa sofrem reações e se transformam, além disso, e de forma muito mais séria, o planeta ao longo dos seus 4,5 bilhões de anos de existência já passou por diferentes combinações atmosféricas e também já possuiu várias ecologias. E além do mais, se o clima está mudando, isso significa que tudo está em processo de transformação, porque o clima se relaciona a diferentes outros sistemas como o solo, vegetação dentre outros. Na verdade o planeta é uma totalidade indivisível em constante transformação. E é esse fluxo espaço-temporal que gera as mudanças.
Ao longo da história de nosso planeta cada período geológico possuía uma combinação de elementos formando o que convencionamos chamar de padrão, ou seja, uma estrutura que se mantém por um determinado tempo. Assim, sucessivamente o planeta atravessou várias fases ou padrões de organização sistêmicos. Por isso, a idéia de que somos eternos se esvai deixando de lado nosso mito de que o planeta Terra é imutável em sua dinâmica interna.
Descartando a hipótese de que vivemos apenas uma mudança climática, outros acreditam que estamos prestes a viver um superaquecimento, e essa hipótese se baseia também em repetição de uma lógica conhecida, e isso se explica pelo entendimento da principal característica da era geológica atual o cenozóico que são as sucessivas glaciações que a mesma já atravessou. Estaríamos assim, vivendo em uma fase interglacial, onde em breve outra época de congelamento surgiria.
Sabe-se que antes de uma glaciação é comum um superaquecimento do planeta, assim, muitos afirmam que estamos próximos de uma nova glacial, porém, pretendo aqui ir além, colocando que, assim como afirma o grande ganhador do Nobel Ilya Prigogine, estamos vivendo o fim das certezas.
Para confirmar a certeza de que viveremos em breve uma nova glacial basta acreditar que este padrão de comportamento se repetira, porém, de forma diferente, essa certeza se esvai tendo em vista que no passado a espécie humana não habitava este planeta e, portanto, pensando sistemicamente, a hipótese do superaquecimento que precede uma nova glaciação pode não ocorrer.
Essa verificação científica que não se prende a bagagem cartesiano-newtoniana observa que, de forma diferente do que pensava Isaac Newton, o planeta e sua natureza, não segue uma racionalidade linear onde o que está por vir pode ser previsto. Muito pelo contrário, devido à grande complexidade apresentada sistemicamente pelo meio natural o futuro torna-se cada vez mais imprevisível.
Na verdade nosso planeta, que é constituído de um macro padrão que se mantém, possui internamente diferentes subsistemas que trocam energia e matéria entre si alterando sua dinâmica espaço-temporal constantemente.
E, assim como a famosa frase que nos ensina que o bater de asas na Amazônia brasileira pode provocar um tornado no deserto do Texas, o planeta Terra, sendo um grande sistema, recebe informações de todos seus subsistemas, onde cada região geográfica participa da construção do que está por vir.
Para entender melhor essa questão, verifique que em qualquer lugar a junção dos sistemas solo, vegetação e clima possui um tênue equilíbrio, onde qualquer modificação em um deles provocará alterações em todos os outros. Sendo assim, imagine que ao longo do tempo, seja com a agricultura, seja com a urbanização, nossa espécie provocou e provoca diferentes desequilíbrios, onde a natureza se vê em constante busca de novos processos de organização, redefinindo-se constantemente.
Por isso que cada espaço geográfico é também responsável pela manutenção do equilíbrio do atual padrão de organização ecológico-geológico do planeta. Assim, devemos repensar nossas políticas públicas redefinindo não apenas nossas políticas ecológicas, porém também seu teor cartesiano-newtoniano que subordina a natureza às políticas econômicas neoliberais.
É importante que a economia comece a entender as políticas ecológicas a partir de uma visão sistêmica, onde não há verticalidade e sim horizontalidade, democracia e participação popular nas decisões de cada lugar. Não adianta conferencias onde somente os poderosos e sua ciência têm voz, é necessário que cada comunidade, cada lugar de sua participação na nova ordem que deve começar a ordem ecológica, onde o homem deixa de ser senhor e dono do meio ambiente, tornando-se o que sempre foi, a própria natureza.