Palestra sobre encostas rochosas debateu acidente em Vila Isabel
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A Diretoria de Atividades Técnicas, através da Divisão Técnica de Geotecnia (DTG), e a ABMS-Rio promoveram, no dia 11 de agosto, a palestra “Instabilização de encostas rochosas e medidas mitigadoras”, proferida pela presidente do Comitê Brasileiro de Mecânica das Rochas (CBMR), Anna Laura Nunes (Coppe/UFRJ), e pelo engenheiro Sidney Crisafulli Machado, da Diretoria de Fiscalização e Licenciamento da Fundação Instituto de Geotécnica do Município do Rio de Janeiro (Geo-Rio). O evento teve ainda a participação do presidente da Geo-Rio, engenheiro Marcio Machado, e do diretor de Estudos e Projetos (Geo-Rio), engenheiro Luis Otávio Vieira.
Segundo Anna Laura Nunes, os danos e prejuízos resultantes de rupturas de maciços rochosos próximos às áreas construídas podem ser significativos e catastróficos, como verificados no acidente ocorrido no Condomínio Residencial Vila Isabel, sobre o qual caíram 15 toneladas de pedras no dia 18 de junho. A ruptura da encosta rochosa despejou cerca de 5 mil m3 de blocos rochosos sobre o condomínio, destruindo espaços de lazer, ruas, casas e carros e ferindo de forma fatal o sogro do diretor Cultural do Clube, Alcides Lyra Lopes.
– A cidade maravilhosa, cheia de encantos mil, é o resultado do encontro de mar e montanhas. Especialmente por isto é susceptível aos acidentes provocados pelas rupturas de encostas, tanto naturais, quanto cortadas pelos homens. Os riscos existem e os cariocas precisam ser protegidos das conseqüências deste tipo de acidente. Muitas rupturas de maciços rochosos não podem ser evitadas. Porém, existem técnicas e medidas mitigadoras que permitem a convivência com estes acidentes, reduzindo ou mesmo eliminando a ocorrência de danos catastróficos.
FISCALIZAÇÃO
O engenheiro Sydney Machado relatou as diversas práticas utilizadas para estabilização nas encostas rochosas e a importância da atuação da fiscalização nas pedreiras.
Luis Otávio Vieira falou sobre as medidas emergenciais tomadas logo após o acidente em Vila Isabel e sobre as atividades de investigação e estudos geológicos em andamento na Fundação Geo-Rio.
Luis Otávio Vieira falou sobre as medidas emergenciais tomadas logo após o acidente em Vila Isabel e sobre as atividades de investigação e estudos geológicos em andamento na Fundação Geo-Rio.
O geólogo Luiz José Brandão, que acompanha o desenvolvimento dos serviços de vistoria no local, informou que, devido às dificuldades de acesso à área, foram utilizados geólogos alpinistas.
Representando a administração do condomínio, o sub-sindico Otavio Medina e o engenheiro Roberto Meirelles comentaram sobre uma antiga preocupação da comunidade com as movimentações de terra ocorridas no início da década de 90, no topo da pedreira, por ocasião da construção de prédios populares pela prefeitura. Eles sugerem a inclusão nos estudos do acidente de dois pontos: a carga estrutural destas edificações e o desaparecimento da queda d’água que existia no talvegue da encosta.
(*)Fonte: Clube de Engenharia www.clubedeengenharia.org.br
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