terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Galeria de fotos de Marc Ferrez do MN/UFRJ

http://www1.folha.uol.com.br/folha/galeria/album/p_fotos_antigas_01.shtml
Curador Benedicto Rodrigues

CNPq Diretório de Linhas de Pesquisa

Linha de PesquisaGeologia da bacia calcária de São José de Itaboraí e seu entorno
Linha de pesquisa
Geologia da bacia calcária de São José de Itaboraí e seu entorno
Nome do grupo: Parque Paleontológico de São José de Itaboraí
Palavras-chave: estratigrafia; estrutural; geofísica; geologia; modelagem; petrografia;
Pesquisadores:
Benedicto Humberto Rodrigues Francisco
Joel Alves Moura
Miguel Angelo Mane
Sérgio Bergamaschi
Vitor Manoel Rodrigues do Nascimento
Estudantes:
Anderson Carlos dos Santos Baptista
Ricardo Ribeiro Percilio
Árvore do conhecimento:
Ciências Exatas e da Terra; Geociências; Geologia; Estratigrafia;
Ciências Exatas e da Terra; Geociências; Geofísica; Geofísica Aplicada;
Ciências Exatas e da Terra; Geociências; Geologia; Geologia Regional;
Setores de aplicação:
Formação permanente e outras atividades de ensino, inclusive educação à distância e educação especial
Outras atividades de assessoria e consultoria às empresas
Produtos e serviços voltados para a defesa e proteção do meio ambiente, incluindo o desenvolvimento sustentado
Objetivo: Desenvolver estudos estratigráficos, geofísicos, estruturais e geomorfológicos da área compreendida pela bacia calcária com vistas ao aprimoramento e ampliação da base de dados atualmente disponível, em especial visando conhecer os processos que atuaram na sua formação e modelagem.

ABPEF- Parceria

SOLO, SAÚDE E AMBIENTE: SÍTIOS CONTAMINADOS E A IMPORTÂNCIA DE INFORMAÇÕES GEOAMBIENTAIS PARA PLANEJAMENTO DO TERRITÓRIO
1/12/2004
18:00h
Clube de Engenharia Av. Rio Branco, 124 - 22º andar
Geógrafo Anderson Chagas de Oliveira - Fiocruz Geólogo Cassio Roberto da Silva - MME/CPRM Geólogo Benedicto Rodrigues - APG
Mais informações cassio@rj.cprm.gov.br

DIVULGAÇÃO ORIGINAL DO EVENTO

A Associação Brasileira de Profissionais Especializados na França - ABPEF é uma associação, sem fins lucrativos, fundada em 30 de setembro de 1961, no Rio de Janeiro, com o nome de Associação Brasileira dos Ex-Estagiários da Cooperação Técnica Francesa, com a sigla ABEF, tendo como finalidade congregar profissionais técnicos que tivessem feito estágio na França com bolsas concedidas pelo governo francês.Posteriormente, embora mantendo a mesma sigla - ABEF- a associação passou a ter as denominações, primeiramente de Associação Brasileira dos Estagiários Técnicos na França e mais recentemente de Associação Brasileira dos Estagiários na França, quando passou a incluir em seus quadros todos profissionais com cursos ou estágios na França.Em decisão da Assembléia Geral dos associados realizada em 16/05/94, a ABEF passou a se chamar Associação Brasileira dos Profissionais Especializados na França, com a nova sigla ABPEF, mais consentânea com a realidade, e objetivando valorizá-la cada vez mais.A finalidade primordial da ABPEF continua a ser a de congregar todos os profissionais que tenham algum vínculo com a França, através de estágios ou cursos, de nível médio ou superior, realizados naquele país, com bolsas ou não, objetivando manter o relacionamento técnico-científico e cultural entre os dois países.
REALIZAÇÕES DA ABPEFAs principais realizações da ABPEF nos últimos anos têm sido os Seminários Franco-Brasileiros, Video Conferências ou Congressos realizados anualmente, sempre sobre um tema da atualidade. Foram os seguintes os Seminários realizados:
1990 - Seminário "Técnicas de Irrigação"
1991 - Seminário "Lixo Urbano e Lixo Hospitalar"
1992 - Seminário Ä Conservação de Energia"
1993 - Seminário "Tratamento, Estocagem e Distribuição de Gás"
1994 - Seminário "A Tecnologia Hospitalar"
1997 - Seminário "Cogeração -Produção Combinada de Eletricidade e Calor a Partir do Gás Natural"
1999 - Seminário "Telemedicina"
2000 - Seminário - "A Política Francesa para o Tratamento de Resíduos"
2004 - Vídeo Conferência "A Gestão da Água"
2005 - VIII Congresso Brasileiro de Defesa do Meio Ambiente (VIII CBDMA)
2006 - Seminário Internacional entitulado: A Importância das Tecnologias da Informação na realização de grandes eventos esportivos e culturais. Caso concreto: Jogos Panamericanos Rio 2007
2006 - Seminário sobre políticas públicas para transporte, habitação e saneamento
2006 -Seminário Franco-Brasileiro de Produção de Eletricidade por Tecnologia Nuclear"
2006 - Seminário sobre Transporte Leve Sobre Trilhos
2007 - Plataformas Logísticas Intermodais
2007 - Simpósio Franco-Brasileiro de Transportes Urbanos
2008 - IX Congresso Brasileiro de Defesa do Meio Ambiente (IX CBDMA)

Geologia Médica


Geologia e saúde geram uma nova ciênciaEmbora há muito conhecida pela ciência, a geomedicina só vem sendo recentemente utilizada e sistematizada no Brasil. O geólogo Benedicto Rodrigues, que realizou as pesquisas pioneiras sobre o tema no País, explica que a geomedicina ou geologia médica, na verdade é uma ciência bem antiga, que remonta aos primórdios da própria medicina: ao se utilizar produtos minerais para resolver problemas de saúde, como o talco usado contra assaduras, por exemplo, ou ao se identificar carências de certos elementos como causas de distúrbios. Já os estudos pioneiros e sistematização do tema foram provavelmente realizados na China e na Índia, principalmente desde a segunda metade do século passado.Atualmente, a geomedicina está mais concentrada sobre o estudo de componentes metálicos ou minerais naturais no solo ou na água que podem, em determinadas circunstâncias ou quantidades, ser extremamente prejudiciais à saúde dos seres humanos, causando danos a comunidades inteiras.Uma das doenças que vem sendo bastante discutida é a Fluorose. É causada pelo excesso de flúor disponível na água e num primeiro momento seus sintomas são manchas brancas nos dentes e num estágio mais avançado dor nas articulações. A concentração de flúor ideal na água é de 1 ppm (parte por milhão) nos climas frios. Em regiões mais quentes onde o consumo de água é maior, costuma-se aplicar 0,7 ppm na água. O problema pode ocorrer em regiões onde a água já apresenta um alto índice de flúor em sua composição, em razão de componentes naturais no solo da região.
A geóloga Maria Paula Casagrande Marimon está pesquisando o alto teor de flúor na água subterrânea consumida nas áreas rurais rurais de Venâncio Aires e Santa Cruz. Lá, detectou comunidades com cerca de 300 crianças em que praticamente todas estavam com fluorose. Poços, já desativados, chegam a atingir uma dosagem de 12 ppm de flúor na água. A maior preocupação da geóloga é descobrir a origem do flúor, já que o solo da região não apresenta em sua composição causa direta com a origem do componente na água.O geólogo Wilson Scarpelli comenta sobre uma das anomalias naturais encontradas no País, a baixa estatura das pessoas na região de Paracatu, em Minas Gerais. Acredita-se que o fenômeno possa ser causado pelo alto índice de zinco encontrado naquela localidade. O geólogo acrescenta outros exemplos, como a incidência maior de casos de câncer em áreas onde se observa excesso de arsênio. Scarpelli alerta, no entanto, que os problemas geralmente ocorrem em comunidades cuja obtenção de alimentos e água está diretamente ligada à localidade onde vivem. Ainda assim, outros fatores além daqueles ligados diretamente à alimentação, também precisam ser considerados. De acordo com Rodrigues, áreas com minerais radioativos podem ser problemáticas. As rochas com urânio devem ficar longe das habitações e descartadas como material de construção. Uma pesquisa divulgada em maio deste ano pelo Imperial Cancer Research Fund (ICRF), ligado à Universidade de Oxford, na Inglaterra, mostrou que existe uma ligação muito mais preocupante do que se pensava entre gases de radônio (elemento químico gasoso, pesado, radiotivo, pertencente ao grupo dos gases nobres ) e o câncer de pulmão. Conhecida apenas entre mineradores, a contaminação por radônio atinge também a população residente em regiões onde há alta incidência deste gás (que é natural em muitas regiões), aumentando o índice da doença entre as pessoas expostas em cerca de 20 por cento.Por causa de estudos como este, o maior mote da geomedicina vem sendo a prevenção. O intercâmbio com a medicina e a obtenção de dados estatísticos precisos na área de saúde são, também, fundamentais para o crescimento dos estudos na área. Rodrigues estima que existam hoje no Brasil cerca de 100 geólogos atuando nesta área. Espera-se um grande crescimento nas iniciativas na geomedicina após o workshop que acontecerá entre os dias 14 e 16 de outubro, na Unicamp, em Campinas/SP.
Publicado pelo Jornal do CREA-RS - Outubro / 2003 - Ano XXIX - Nº 06

sábado, 20 de dezembro de 2008

ECOLOGIA HUMANA

ECOLOGIA HUMANA

Francisco Octavio da Silva Bezerra
Centro Brasileiro de Arqueologia
cba@cbarqueol.org.br e sobenet@gmail.com
A Ecologia Humana é a mais nova subdivisão da Ecologia Geral. No Brasil os cursos de extensão da disciplina datam de menos de meio século. No exterior seus estudos são também relativamente recentes (1922).
A nova disciplina fundamenta-se em três ramos científicos a saber: Ciências da Terra, Ciências da Vida e Ciências do Homo. Os estudos incluem noções de Primatologia, do aparecimento do Homem, da cultura e suas características e dos problemas decorrentes da ação transformadora dos humanos na Biosfera.
Para tal torna-se necessário: compreensão do papel modificador da cultura no ambiente no presente e no passado; recordar os princípios básicos da Ecologia e procurar aplicá-los ao se cosmopolita por excelência; rever as características diferenciais entre os primadas não humanos e os sapiens e reativar os conhecimentos contemporâneos do impacto da ação humana na Terra.
Dentre os fenômenos relativos ao último item destacam-se a poluição, a extinção das biotas, a relação da produção alimentar e o crescimento populacional, a ação do sapiens modificando o Meio e a conseqüente reação do Ambiente Natural, as atividades predatória humanas, verdadeiro circulo vicioso que alguns denominam efeito bumerangue.

palavras-chave: Humana Ecologia Ciências


A LITODIVERSIDADE FLUMINENSE-I

Por Benedicto Rodrigues *

A litosfera é a camada sólida que envolve o globo, situando-se entre a atmosfera e o manto, ela é constituída, principalmente, por rochas semelhantes as que afloram na superfície: granitos, migmatitos, basaltos, rochas metamórficas, rochas sedimentares, e mais profundamente por diabásio, rochas ultrabásicas etc., além do solo que se origina a partir da sedimentação dessas rochas.
Todas as rochas da crosta terrestre são formadas por minerais, que são elementos ou compostos inorgânicos. Ao todo são conhecidos mais de dois mil minerais, sendo que apenas cinco são os principais constituintes das rochas ígneas e são os minerais mais abundantes da crosta terrestre: feldspato, quartzo, piroxênios, anfibólios e micas, os outros minerais aparecem em menor quantidade, geralmente como minerais acessórios.
As rochas ígneas são formadas devido ao resfriamento do magma, que se origina na parte inferior da litosfera, Isto é, no manto.
Todas as rochas da crosta passam por um ciclo, através de processos geológicos externos (exógenos) e internos (endógenos). Os processos externos consistem em intemperismo ou meteorização, ou seja, a redução das rochas expostas na superfície da crosta terrestre sob a influência de agentes químicos ou físicos. O material desagregado é então transportado pelo vento, a água, o gelo ou ação da gravidade para outro local onde é depositado, começando um processo de sedimentação ou acumulação, que sofre compactação devido à pressão exercida pelas massas sobrepostas, originando as rochas sedimentares. Este processo chama-se diagênese.
Outro ciclo pode ocorrer a partir da diagênese: transformação da constituição mineralógica da rocha, condicionada especialmente pelo aumento da temperatura e da pressão, podendo produzir desde dobramentos até metamorfismo da rocha, o que pode também acontecer com as rochas ígneas.
Tanto as rochas ígneas, quanto as metamórficas e as sedimentares podem sofrer ascensão, expondo-se ao intemperismo ou a temperatura pode aumentar muito, resultando na fusão do material.
Os solos, ou seja, a porção da crosta terrestre formada por sedimentos, formam-se a partir de meteorização das rochas. O processo de meteorização se dá em duas fases: física e química que são a desintegração e a decomposição das rochas.
As plantas e os animais também desempenham papel importante na alteração das rochas. As raízes das plantas penetram em fraturas e durante seu crescimento desenvolvem uma força tal que ultrapassa a resistência da rocha, rompendo-a.
Além da ação dos restos vegetais decompostos que fornecem substâncias húmicas, outros seres vivos, em sua maioria pequenos, constituem agentes que desenvolvem atividades químicas destrutivas para as rochas. As superfícies das rochas são habitadas, normalmente por algas, musgos, liquens, bactérias, fungos etc. A atuação desses organismos é exercida pela secreção de produtos químicos que reagem com a composição da rocha. Outras plantas de ordem superior atacam as rochas pela necessidade de extraírem dela elementos como K, Ca, P, S etc. indispensáveis a sua subsistência.
Os solos, genericamente, são constituídos de matéria mineral, matéria orgânica, umidade e ar, o que cria a base para a sobrevivência dos seres vivos, desde os mais simples até os mais complexos. Não podendo a geologia ser esquecida ou inferiorizada na preocupação com o meio ambiente e no estudo da ecologia atual.
A preocupação de uma utilização verdadeiramente racional da terra tem proporcionado, nos últimos tempos, uma busca de metodologias adequadas que expresse as possibilidades do meio e que represente um aproveitamento equilibrado do ecossistema. O êxito da exploração da terra está no conhecimento de suas possibilidades e da relação que existe entre ela e o meio ambiente.
O meio físico é um complexo resultante da interação de um conjunto de fatores naturais e sua compreensão e conhecimento é fundamental para um manejo adequado, de modo que possa ser conservado e ter aumentada sua potencialidade produtiva.

*Geólogo, Vice-presidente do Centro Brasileiro de Arqueologia- CBA.
** Matéria para divulgação, permitida reprodução, desde que citado o Autor

A BACIA DE SÃO JOSÉ DE ITABORAÍ


XX CONGRESSO BRASILEIRO DE PALEONTOLOGIA
A bacia de São José de Itaboraí da descoberta em 1928 ao Parque Paleontológico em 2007

Vanessa Maria da Costa Rodrigues-Francisco
Benedicto Humberto Rodrigues-Francisco

Em 25 de Fevereiro de 1928 uma análise química de amostra proveniente da fazenda São José, no município de Itaboraí, Estado do Rio de Janeiro, evidenciou a ocorrência de calcário até então desconhecida na região. A análise da amostra, efetuada no Laboratório da Produção Mineral do DNPM, por Marysia Fontoura, revelou a presença de óxido de cálcio (53,68%) e óxido de Magnésio (2,96%). A partir dessa descoberta a ocorrência despertou a atenção da incipiente indústria de cimento. Havia apenas uma fábrica operando em São Paulo. O Brasil importava o cimento de que necessitava em barris de madeira. Manifesto de lavra foi concedido para Companhia de Cimento Portland Mauá em 1935. A fábrica foi construída em Guaxindiba, São Gonçalo. Acorreram os pesquisadores em busca de informações sobre a ocorrência de uma nova bacia sedimentar. Os primeiros fósseis foram coletados e enviados para Carlota Joaquina Maury, nos EUA. Em 1935, Vitor Leinz realizou os primeiros estudos geológicos publicando os resultados com uma hipótese sobre sua origem e evolução. Inúmeros trabalhos surgiram sobre a fauna e a flora, estes em menor número. A explotação de calcário continuou até o início da década de 80, quando se notou o esgotamento da reserva não obstante alguns esforços no sentido de se encontrar a continuidade da bacia nas proximidades. O fato levou e empresa mineradora a optar por explotar calcário em outra região do Estado do Rio de Janeiro. Com a desativação da pedreira a água passou a ocupar o espaço surgindo aos poucos uma lagoa cuja água é utilizada para abastecer a população local. Serve também como área de lazer com a prática de pesca de anzol.
Os professores Fausto Cunha e Benedicto Rodrigues percebendo desde logo o risco ao patrimônio geopaleontológico recorreram ao IPHAN solicitando o tombamento da bacia. Infelizmente não obtiveram sucesso. A professora Maria Beltrão havia tentado, simultaneamente, mas sem sucesso, o mesmo recurso. O insucesso, contudo não desanimou os pesquisadores. Em 1990 a Prefeitura desapropriou a área e em 1995, depois de muita luta, os geólogos José M.M. Caniné e Benedicto H.R Francisco lograram o primeiro e importante êxito político em suas ações visando à proteção definitiva do sítio geológico e paleontológico. O prefeito João César a Silva Caffaro resolveu criar o Parque Paleontológico de São José de Itaboraí por decreto lei 1346, em 12 de dezembro de 1995.
Através da portaria 304/97, em 21 de maio de 1997, o prefeito Sérgio Alberto Soares nomeou a Comissão Gestora do Parque Paleontológico de São José. Em seguida, os mesmos pesquisadores prepararam o Projeto do Parque e iniciaram a busca pelas verbas. Em 2000, por iniciativa do professor Benedicto Rodrigues foi promovido o abraço simbólico por ocasião do quinto aniversário de criação do Parque.
Finalmente com a entrada do Instituto Virtual de Paleontologia da Faperj, através da iniciativa da professora Maria Antonieta Rodrigues algumas ações significativas tiveram lugar. Primeiro a adoção do Projeto Jovens Talentos Cecierj/Faperj possibilitou a aprovação de cerca de vinte bolsas para estudantes da escola estadual Francisca Carey. Os estudantes passaram a ser orientados por professores ligados ao Parque. O sucesso desta iniciativa acabou desembocando no apoio da Petrobrás. Com a verba da Estatal foi possível a recuperação de alguns imóveis do Parque visando à implantação de cursos profissionalizantes, um museu, uma biblioteca e um setor de informática. O esperado é uma continuidade das ações e que os apoios sejam efetivos para que o Projeto do Parque Paleontológico finalmente seja concretizado com enormes benefícios para a comunidade de São José, tão prejudicada no passado pela desativação da mineração e abandono da área.
A situação do sítio geo-paleontológico de Itaboraí somente não foi agravada graças à ação firme e destemida de parte da comunidade científica do Rio de Janeiro, que jamais desistiu de lutar pela preservação desse patrimônio de incontestável importância mundial.

domingo, 14 de dezembro de 2008

Dia da Amazônia 2008

A Diretoria de Atividades Técnicas, através das divisões técnicas de Engenharia do Ambiente (DEA) e Recursos Naturais Renováveis (DRNR) promoveu, no dia 5 de setembro, solenidade comemorativa do Dia da Amazônia. Participaram do evento o presidente do Instituto Brasil Pnuma (Comitê Brasileiro do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente), Haroldo Mattos de Lemos, os conselheiros do Clube de Engenharia Ricardo Maranhão e Claudio Miranda e representantes das seguintes ONGs: Rogério Luiz Jahara (Incenden), Irene Garrido (Modecon), Jorge Eduardo Durão (Fase), e Renata Moraes (Convergência).
Segundo Haroldo Mattos de Lemos, anteriormente havia a idéia de que as maiores riquezas da Amazônia estavam no subsolo.
– Em l991, um relatório do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) estimava as reservas conhecidas de minério de ferro, nióbio e bauxita, entre outras, em l,6 trilhão de dólares – levando em conta o valor médio de comercialização internacional. Mais recentemente, o Ibama estimou a riqueza da biodiversidade da Amazônia em 4,0 trilhões de dólares. Realmente faz sentido, pois em l960 uma criança portadora de leucemia tinha uma chance em cinco de se salvar com vida, ao passo em que, hoje, esta chance é de quatro em cinco. Este fato se deve à possibilidade do uso de um princípio ativo contido numa plantinha ambientada nas florestas tropicais, como a floresta amazônica – disse.
Ricardo Maranhão lembrou que a Amazônia não é somente brasileira: "ela é peruana, venezuelana, das guianas, e 60% dela está em nosso território".
– O que vem ocorrendo é a grande ausência dos poderes públicos, apesar de lá atuarem ministérios, Polícia Federal, Suframa, Ibama, Receita Federal, Forças Armadas e também a Petrobrás. Só que atuam de forma descoordenada. Precisamos fazer a integração do nosso território, sem, entretanto, transformar a região num museu – disse.
Jorge Durão falou sobre o recrudescimento da disputa sobre o destino dessa região, "sem a qual o Brasil ficaria reduzido a cerca de 40% do seu território e perderia grande parte da sua importância no mundo".
O conselheiro Claudio Miranda apresentou trabalho sobre sobre a Amazônia, que enviou para cerca de 5.000 e-mails em todo o país.