quinta-feira, 9 de outubro de 2008

EROSÃO NO MÉDIO VALE DO PARAIBA DO SUL

Geólogos debatem erosão acelerada no médio Vale do Paraíba do Sul
As divisões técnicas de Engenharia do Ambiente (DEA), de Recursos Minerais (DRM), de Recursos Naturais Renováveis (DRNR) e de Geotecnia (DTG) promoveram, no dia 28 de maio, a palestra "Erosão acelerada no médio Vale do Paraíba do Sul, proferida pelo professor de geologia da UFRJ, Claudio Limeira Mello.
Segundo o especialista, a região do médio vale do rio Paraíba do Sul compreende um amplo compartimento de colinas, com típica morfologia de "mar de morros", predominantemente sobre rochas do embasamento pré-cambriano profundamente intemperizadas, entre as serras do Mar e da Mantiqueira. Nesta região, explicou, ocorre um importante conjunto de bacias sedimentares ditas "cenozóicas", que compõem o Rift Continental do Sudeste do Brasil, cuja origem está associada a importantes atividades tectônicas/neotectônicas.
– Intensos processos erosivos, de natureza variada, podem ser observados, com destaque para feições decorrentes da erosão linear acelerada em cabeceiras de drenagem em anfiteatro. Estudos que vêm sendo desenvolvidos nos últimos 25 anos pelo Núcleo de Estudos do Quaternário e Tecnógeno (NEQUAT, IGEO/UFRJ), sob a coordenação da Dra. Josilda Rodrigues da Silva de Moura, demonstram que a erosão linear acelerada nesta região configura-se como um processo natural de re-hierarquização da rede de drenagem, em resposta, em escala regional, a mudanças paleoclimáticas e neotectônicas ocorridas durante o Holoceno (últimos 10.000 anos), além da atuação, em escala local, de controles lito-estruturais, hidrológicos, morfométricos e antrópicos – disse.
Segundo o professor, a evolução dos sistemas de drenagem resultou em padrões distintos de cabeceiras em anfiteatro, tendo grande importância uma fase de entulhamento generalizado dos eixos de drenagem, que produziu amplas cabeceiras e sub-bacias entulhadas, onde são identificados os principais exemplos de erosão linear acelerada. Mapas de feições e sucessões deposicionais quaternárias, realizados segundo metodologia proposta nestes estudos, são base fundamental para a avaliação da suscetibilidade à erosão na região do médio vale do Paraíba do Sul.

3 comentários:

Cleber M. Castro disse...

Olá! Chamo-me Cleber e fiz minha graduação e meu mestrado em Geografia na UFRJ, desenvolvendo pesquisas no Nequat, com a Professora Maria Naise. Gostei de ver o seu relato aqui! É uma região fascinante e um grande laboratório de estudos para as geociências em geral! Abraços!

Cleber M. Castro disse...

Ah! Meu blog recém criado...
georiscos.blogspot.com

Bene Blog disse...

Prezado Cleber. Gostei do seu comentário.Deixo um abraço para a professora Naise um pesquisadora das melhores da UFRJ.B.Rodroigues